16 outubro 2007

Arquitetura da informacao (parte 1)

Queria ter escrito esse post de casa, com acentos e links com referencias, mas daqui do onibus sempre e mais pratico escrever...


Como prometido vou comecar a falar um pouco sobre o que eu faco aqui em Londres e colocar algumas fontes de informacao para voces pesquisarem mais se tiverem interesse.


Desde sempre estive envolvido com design de interfaces, sendo como designer ou mesmo como gerente de projeto (!). O negocio e que eu nunca me considerei um otimo designer mas alguem que faz as coisas com relativa organizacao e preocupado com o usuario. Pois bem, de um tempo pra ca cada vez fui ficando mais envolvido com arquitetura da informacao apenas (ou user experience). Acho que foi na epoca da Porsche que eu comecei a me tornar um arquiteto da informacao mesmo.


Como disse no meu post anterior, o arquiteto da informacao cuida basicamente da interacao entre o usuario e o dispositivo (computador, celular, tv, etc). Em termos praticos no final a gente e responsavel pela navegacao e estrutura do site, onde posicionar o conteudo e o melhor fluxo de informacao para o usuario. A principio parece uma atividade simples, ficar criando mapa de sites baseado no conteudo que temos... Mas o negocio fica interessante porque na maioria das vezes a gente precisa basear nossas decisoes em opinioes de usuarios de verdade ou seja, tudo, ou quase tudo a gente testa, muda, testa de novo ate ficar bom (e a gente usa esses resultados para convencer designer e o departamento tecnico tambem).


Para explicar mais ou menos com funciona, vou falar um passo a passo resumido de um projeto pequeno. Essas atividades dependem bastante de projeto para projeto, mas vou simplifica-las por aqui. Muitas vezes designers, planejamento e IT estao envolvidos nessas tarefas de algum modo tbem.


Primeiro normalmente temos um briefing que vem do atendimento. Nele estao os principais requisitos e o que o cliente imagina que seja o produto. Nos pegamos o briefing e comecamos a destrincha-lo, procurando pistas de onde vem a informacao, qual o conteudo, imaginando os principais usuarios, atividades... Depois disso normalmente temos um ou mais workshops para descobrir como funcionam esses detalhes e clarificar as duvidas.


Depois disso comecamos a criar personas que sao perfis de usuarios de verdade que vao utilizar o produto. Ao inves de criar algo tipo homem, 25-30 classe A a gente cria personagens que representem esse tipo de usuario e pensa tbem as atividades e o contexto de uso. Isso tem varios usos mas nessa fase inicial a principal vantagem e ter uma melhor nocao de quem e o seu usuario e dos requisitos particulares de cada tipo de usuario. Essas personas precisam ser validadas tambem para nao serem simplesmente fruto da nossa imaginacao ou do cliente. Fazemos isso ou conversando com usuario em grupo ou individualmente, usando relatorios de pesquisa ou questionarios.


amanha continuo com isso ...

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Igor,

Muito boas as suas explicações sobre o trabalho em Londres.
A atividade me parece bem interessante e motivadora, pois envolve vários setores e pessoas diferentes.

Marconi