Semestre terminado na última sexta-feira. Semana bem puxada. Como era impossível para mim estudar pras provas com 2 semanas de antecedência, deixei pra estudar nessa semana e o pior que continuei ainda mais doente. A última prova feita no computador, eu estava com tanta dor de cabeça que quando 20 pessoas começaram a digitar ao mesmo tempo eu quase entreguei a prova em branco. Mas, como sou brasileiro e não desisto nunca, dei um jeito e entreguei a prova. Não devo ter tirado notas muito altas. Mas, bem, o que importa, notas não significam muita coisa - só se for para um concurso público. :)
Na sexta aproveiter para ir no SUS britanico de novo, já que eu continuava ruim. Para minha surpresa dessa vez tinham umas 10 pessoas por lá (com os mesmos sintomas que eu), esperei quase 1 hora e nao fui atendido. Daí desisti de esperar e fui tomar cerveja com o povo da faculdade em comemoração ao final do semestre. A cabeça doia a cada gole, mas eu fingia que a cabeça não era minha. Consegui fazer isso até umas 22h e ai me mandei pra casa. Dessa vez estava todo mundo bem esgotado e a farra terminou cedo.
Sobre as estórias da minha amiga, ela quase ficou p da vida comigo. Disse que os leitores o blog estão com pena dela e que eu preciso contar uma das estórias que ela se da bem no final. Tenho duas pra contar. Vou ver se escrevo mais tarde.
29 janeiro 2006
26 janeiro 2006
Sexo, Polêmica e DNA
Pra início de conversa 14 comentários no blog em 1 dia hein? Tudo isso por causa das estórias eróticas da menina. Sexo é o que mais vende em qualquer lugar e não só na internet.
Quem acha que estou inventando essa estória ou estou escrevendo respostas aqui no blog em nome dela, se engana. Eu não tenho esse tempo livre todo além de ser uma brincadeira meio cansativa. Não conseguiria inventar da minha cabeça essas coisas que vou contar, não tenho uma mente tão fértil, mas eu consigo reproduzir aqui as estórias que ela me conta há tempos até porque ela sempre me contava e me pedia conselhos do que devia fazer ou como os homens pensam em determinadas situações. Então só preciso exercitar a memória aqui.
Tudo começou há uns dias atrás quando eu estava reclamando com ela que os acessos do meu blog estavam bem baixos e eu não tinha muito mais incentivo pra escrever se ninguém lia ou comentava. Ela disse que eu precisava por um pouco mais de pimenta e elementos sexuais que eu teria mais acessos com certeza, que o povo gosta é da "putaria e sacanagem". Dai surgiu a idéia: "por que você não escreve minhas estórias?". Como disse ela é a maior fonte de estórias sexuais pela internet que já vi - e ainda me conta tudo, nos mínimos detalhes (pelo MSN). A única condição seria não colocar elementos que a identificassem. Explico. Pra começar ela é Testemunha de Jeová (TJ) e como crente praticante precisa manter a aparência de boa moça, dedicada e certinha. A família dela acha que ela ainda é virgem e está se guardando para o homem da vida dela - o homem ideal, pai dedicado e marido exemplar.
Manter essa aparência pura não é fácil e a válvula de escape para controlar seu libido é justamente a internet. No seu tempo livre (e não livre também) ela se cadastra em sites de namoros (e paga), mantém e atualiza seu perfil diariamente e ainda participa de forums e bate-papo de namoro e sexo nos maiores portais nacionais (vou perguntar a ela qual o nick que ela usa, de repente vocês podem procurá-la). É claro que com toda essa atividade homens de todos os tipos, lugares, raças e credos aparecem em sua caixa de e-mail todos os dias e ela alimenta a vontade de vários deles com fotos sensuais, palavras de carinho e receptividade para posteriormente marcar um encontro. Ela me disse que em uma semana já saiu com 6 caras diferentes, incluindo mais de um no mesmo dia. A internet é um bom modo de fazer amigos e por que não, fazer outras coisas também?
A vida dupla e conflitante faz com que ela viva cada momento com a máxima intensidade. Em fato, ela ainda é mentalmente crente, e gostaria de ser a mulher certinha e casar com o marido e usa a internet para atingir esse objetivo. Aumentando o número de caras que ela conhece aumenta-se as chances de atingir a felicidade. É uma questão estatística apenas (que perdi 4 vezes na faculdade). A paixão, o amor e cumplicidade são compartilhados com cada um desses amantes virtuais-reais.
Bem, finalmente vou contar o primeiro caso. Eu precisava explicar toda essa estória antes para vocês entenderem tudo direito.
Logo que a conheci ela estava apaixonada por um gaucho que se não me engano trabalhava instalando antenas para alguma operadora de telefone e por isso sempre estava por aqui (ou tinha sido transferido pra cá por algum tempo). Pois bem, eles se conheceram pela net, trocaram telefones, começaram a se falar e a principalmente trocar mensagens pelo celular. Lembro dela ter me mostrado uma que era mais ou menos assim "Meia noite, estou em cima de uma antena no Rio Vermelho, mas a lua está tão linda que eu lembrei de você". Todo dia era "meu gaucho" pra lá, "meu gaucho" pra cá e ai, finalmente eles se conheceram. Como todo o clima já estava propício, no primeiro encontro foi aquele amor louco, tudo de bom. No dia seguinte ela estava só sorrisos, felicidade, olhos brilhando... Todo mundo percebeu que tinha algo diferente quando perguntavam pra ela, dizia "Ah, conheci um cara legal, acho que estamos namorando". E então passaram mais umas semanas juntos, trocando torpedos, cartões, saindo, se falando, ia tudo as mil maravilhas e ele a pediu em namoro de verdade. Parecia até que o sonho iria se tornar realidade.
Mas, de repente o gaúcho foi visitar a familia e desapareceu por algum tempo. Apareceu de novo depois de um mês, disse que estava com problemas com a mãe ou coisa do tipo. Passou mais uns dias e teve que voltar e isso se repetiu várias vezes. E toda vez que viajava, sumia por completo. Eu falava pra ela... "O cara tem outra família, você não tá vendo"... E eu era imediatamente reepreendido, ela dizia que eu não tinha ouvido as coisas que ele tinha dito, que o sentimento dos dois era a coisa mais maravilhosa e que nunca tinha acontecido com ela e que eu não sabia de nada. Cada vez que o gaucho desaparecia eu dizia a mesma coisa, falava pra ela não ficar colocando todas as fichas nesse negócio e que confiasse desconfiando, mas 100% de emoção contra 100% de razão, a emoção sempre prevalece. Parei de falar no assunto pois eu já estava virando um cara chato e intrometido nessa relação. Mas, fiz meu papel. O tempo foi passando e eu não ouvia mais falar do gaucho até que um dia ela me diz "Igor, você estava certo, ele estava indo para lá direto pois a ex-mulher estava grávida de gêmeos e está uma confusão bem grande pois até teste de DNA teve que ser feito". Claro que ele não tinha se separado coisa nenhuma, mas disse para minha amiga que era para não criar problemas na gravidez, mas que iria se separar assim que isso tudo terminasse, que minha amiga era a mulher da vida dele, etc etc.... E ela acreditou.
Não preciso nem contar o final da estória, todo mundo já deve saber que ele desapareceu e provavelmente voltou com a mulher.
E, a partir daquela data, ela prometeu se aproveitar ao máximo dos homens, até encontrar o cara certo, claro.
Quem acha que estou inventando essa estória ou estou escrevendo respostas aqui no blog em nome dela, se engana. Eu não tenho esse tempo livre todo além de ser uma brincadeira meio cansativa. Não conseguiria inventar da minha cabeça essas coisas que vou contar, não tenho uma mente tão fértil, mas eu consigo reproduzir aqui as estórias que ela me conta há tempos até porque ela sempre me contava e me pedia conselhos do que devia fazer ou como os homens pensam em determinadas situações. Então só preciso exercitar a memória aqui.
Tudo começou há uns dias atrás quando eu estava reclamando com ela que os acessos do meu blog estavam bem baixos e eu não tinha muito mais incentivo pra escrever se ninguém lia ou comentava. Ela disse que eu precisava por um pouco mais de pimenta e elementos sexuais que eu teria mais acessos com certeza, que o povo gosta é da "putaria e sacanagem". Dai surgiu a idéia: "por que você não escreve minhas estórias?". Como disse ela é a maior fonte de estórias sexuais pela internet que já vi - e ainda me conta tudo, nos mínimos detalhes (pelo MSN). A única condição seria não colocar elementos que a identificassem. Explico. Pra começar ela é Testemunha de Jeová (TJ) e como crente praticante precisa manter a aparência de boa moça, dedicada e certinha. A família dela acha que ela ainda é virgem e está se guardando para o homem da vida dela - o homem ideal, pai dedicado e marido exemplar.
Manter essa aparência pura não é fácil e a válvula de escape para controlar seu libido é justamente a internet. No seu tempo livre (e não livre também) ela se cadastra em sites de namoros (e paga), mantém e atualiza seu perfil diariamente e ainda participa de forums e bate-papo de namoro e sexo nos maiores portais nacionais (vou perguntar a ela qual o nick que ela usa, de repente vocês podem procurá-la). É claro que com toda essa atividade homens de todos os tipos, lugares, raças e credos aparecem em sua caixa de e-mail todos os dias e ela alimenta a vontade de vários deles com fotos sensuais, palavras de carinho e receptividade para posteriormente marcar um encontro. Ela me disse que em uma semana já saiu com 6 caras diferentes, incluindo mais de um no mesmo dia. A internet é um bom modo de fazer amigos e por que não, fazer outras coisas também?
A vida dupla e conflitante faz com que ela viva cada momento com a máxima intensidade. Em fato, ela ainda é mentalmente crente, e gostaria de ser a mulher certinha e casar com o marido e usa a internet para atingir esse objetivo. Aumentando o número de caras que ela conhece aumenta-se as chances de atingir a felicidade. É uma questão estatística apenas (que perdi 4 vezes na faculdade). A paixão, o amor e cumplicidade são compartilhados com cada um desses amantes virtuais-reais.
Bem, finalmente vou contar o primeiro caso. Eu precisava explicar toda essa estória antes para vocês entenderem tudo direito.
Logo que a conheci ela estava apaixonada por um gaucho que se não me engano trabalhava instalando antenas para alguma operadora de telefone e por isso sempre estava por aqui (ou tinha sido transferido pra cá por algum tempo). Pois bem, eles se conheceram pela net, trocaram telefones, começaram a se falar e a principalmente trocar mensagens pelo celular. Lembro dela ter me mostrado uma que era mais ou menos assim "Meia noite, estou em cima de uma antena no Rio Vermelho, mas a lua está tão linda que eu lembrei de você". Todo dia era "meu gaucho" pra lá, "meu gaucho" pra cá e ai, finalmente eles se conheceram. Como todo o clima já estava propício, no primeiro encontro foi aquele amor louco, tudo de bom. No dia seguinte ela estava só sorrisos, felicidade, olhos brilhando... Todo mundo percebeu que tinha algo diferente quando perguntavam pra ela, dizia "Ah, conheci um cara legal, acho que estamos namorando". E então passaram mais umas semanas juntos, trocando torpedos, cartões, saindo, se falando, ia tudo as mil maravilhas e ele a pediu em namoro de verdade. Parecia até que o sonho iria se tornar realidade.
Mas, de repente o gaúcho foi visitar a familia e desapareceu por algum tempo. Apareceu de novo depois de um mês, disse que estava com problemas com a mãe ou coisa do tipo. Passou mais uns dias e teve que voltar e isso se repetiu várias vezes. E toda vez que viajava, sumia por completo. Eu falava pra ela... "O cara tem outra família, você não tá vendo"... E eu era imediatamente reepreendido, ela dizia que eu não tinha ouvido as coisas que ele tinha dito, que o sentimento dos dois era a coisa mais maravilhosa e que nunca tinha acontecido com ela e que eu não sabia de nada. Cada vez que o gaucho desaparecia eu dizia a mesma coisa, falava pra ela não ficar colocando todas as fichas nesse negócio e que confiasse desconfiando, mas 100% de emoção contra 100% de razão, a emoção sempre prevalece. Parei de falar no assunto pois eu já estava virando um cara chato e intrometido nessa relação. Mas, fiz meu papel. O tempo foi passando e eu não ouvia mais falar do gaucho até que um dia ela me diz "Igor, você estava certo, ele estava indo para lá direto pois a ex-mulher estava grávida de gêmeos e está uma confusão bem grande pois até teste de DNA teve que ser feito". Claro que ele não tinha se separado coisa nenhuma, mas disse para minha amiga que era para não criar problemas na gravidez, mas que iria se separar assim que isso tudo terminasse, que minha amiga era a mulher da vida dele, etc etc.... E ela acreditou.
Não preciso nem contar o final da estória, todo mundo já deve saber que ele desapareceu e provavelmente voltou com a mulher.
E, a partir daquela data, ela prometeu se aproveitar ao máximo dos homens, até encontrar o cara certo, claro.
24 janeiro 2006
Doente ainda
Nunca vi uma gripe tão demorada pra passar. Para os que não tem estomago forte, pulem para o próximo parágrafo agora... Estou com catarro verde altamente nojento e com um gosto tão ruim que deixa a comida horrível. Vou ter que ir no médico de novo, apesar dele ter dito "é so uma gripe", não sei não... Se eu continuar comendo pouco pelo menos emagreço. Se eu estiver tuberculoso coloco aqui no blog no mesmo dia que souber, podem deixar.
Pronto, aqui já escrevo coisas mais agradáveis. Estou pouco concentrado para estudar pras provas, sem muito saco e incentivo. Infelizmente não repetirei o monte de disctinction que tive nos trabalhos, mas, vou passar e aprendi as coisas que não precisam ser decoradas.
Nada de coisas polêmicas ainda, comecei a escrever porque os britanicos gastam R$ 200 pra dar luzes no cabelo e deixa-lo espetado ou porque todo mundo precisa ter um iPod (iPod é um negócio muito bom, recomendo a todos inclusive) no cotexto das aparências. Mas começou a ficar muito grande e eu precisava explicar tudo direito, então resolvi deixar para escrever sobre isso outro dia, pois já são 1:10 da manhã. Isso ai foi inspiração de um documentário da BBC que assisti esse final de semana chamado "Por que eu odeio os anos 60".
Uma amiga minha pediu para eu falar dela no Blog. É uma amiga muito polêmica, acho que uma das maiores "comedoras virtuais" que conheço. Ela disse que estou liberado para contar as estórias dela desque eu não cite nomes verdadeiros. Ela costumava entrar nos chats durante a tarde e arrumar rapazes para transar no dia seguinte. Bem, vou contar estórias dela no próximo post. Ah, ela sempre se envolve e namora com vários namorados virtuais ao mesmo tempo, manda cartões, compra presentes, se apaixona... Depois descobre que são casados, mesmo depois de eu adverti-la inúmeras vezes. Preparem-se.
Amigo de virilha, é bom ter você de novo por aqui mandando comentários. Vou até colocar seu site para o pessoal dar uma olhada de novo: http://www.bernardoalmeida.jor.br
Meu texto sobre os indianos - o mais polêmico de todos - ainda vai demorar pra sair.
Vou dormir, mas vocês já viram que teremos novidades aqui em breve. Coloquem o link do blog e espalhem pros seus amigos, é sempre bom ver que tem gente lendo e comentando.
Igor
Pronto, aqui já escrevo coisas mais agradáveis. Estou pouco concentrado para estudar pras provas, sem muito saco e incentivo. Infelizmente não repetirei o monte de disctinction que tive nos trabalhos, mas, vou passar e aprendi as coisas que não precisam ser decoradas.
Nada de coisas polêmicas ainda, comecei a escrever porque os britanicos gastam R$ 200 pra dar luzes no cabelo e deixa-lo espetado ou porque todo mundo precisa ter um iPod (iPod é um negócio muito bom, recomendo a todos inclusive) no cotexto das aparências. Mas começou a ficar muito grande e eu precisava explicar tudo direito, então resolvi deixar para escrever sobre isso outro dia, pois já são 1:10 da manhã. Isso ai foi inspiração de um documentário da BBC que assisti esse final de semana chamado "Por que eu odeio os anos 60".
Uma amiga minha pediu para eu falar dela no Blog. É uma amiga muito polêmica, acho que uma das maiores "comedoras virtuais" que conheço. Ela disse que estou liberado para contar as estórias dela desque eu não cite nomes verdadeiros. Ela costumava entrar nos chats durante a tarde e arrumar rapazes para transar no dia seguinte. Bem, vou contar estórias dela no próximo post. Ah, ela sempre se envolve e namora com vários namorados virtuais ao mesmo tempo, manda cartões, compra presentes, se apaixona... Depois descobre que são casados, mesmo depois de eu adverti-la inúmeras vezes. Preparem-se.
Amigo de virilha, é bom ter você de novo por aqui mandando comentários. Vou até colocar seu site para o pessoal dar uma olhada de novo: http://www.bernardoalmeida.jor.br
Meu texto sobre os indianos - o mais polêmico de todos - ainda vai demorar pra sair.
Vou dormir, mas vocês já viram que teremos novidades aqui em breve. Coloquem o link do blog e espalhem pros seus amigos, é sempre bom ver que tem gente lendo e comentando.
Igor
19 janeiro 2006
SUS Britânico
Estou doente, meio gripado há mais de uma semana. Até febre e sangue no catarro eu tive. Então resolvi ir no médico hoje. Aqui funciona assim... Todo mundo tem um GP, que é como se fosse o seu clínico geral. Pra se registrar com o GP tinham vários stands na universidade e a gente escolhia o que fosse mais conveniente. A maioria dos caras estava indo para outro GP pois tinha uma menina bem gostosa distribuindo os panfletos. Eu procurei o consultório mais perto da faculdade. Isso foi em setembro, a mulher disse pra eu marcar um checkup assim que pudesse e preenchesse umas fichas - claro que nao fiz isso.
Agora que precisei ir la, a primeira coisa que ela perguntou foi porque eu não fiz os exames. Precisei marcar uma data para ir la fazer o tal do checkup antes mesmo de ver o médico. Ela quase me fez prometer que eu não ia faltar. Tambem ganhei um potinho pra fazer xixi e levar quando fosse lá. Meu médico é polonês e tem um nome cheio de Z e S, tipo o de Daniela. Esperei uns 5 minutos e o médico foi la na sala me chamar. Pediu pra contar o que tinha acontecido e eu comecei a contar desde que sai de férias usando todo o meu inglês. Dai ele disse "Filho, conte o seu histórico mais recente". Dai expliquei da gripe, febre, dor de ouvido, catarada sangrenta e todos os outros sintomas que tava sentindo (eu achava que estava com dor de ouvido por ouvir música 8 horas por dia). Ele me examinou todo e disse que eu so tinha uma gripe, passou um descongestionante e disse que eu tava bom em uma semana. Avisou que meu ouvido tava bom e eu já podia ouvir música.
Achei prático, acho que até pra cortar unha do pé eu vou no médico agora.
Alvinho, irmão careca, estou ouvindo Belchior ao Vivo em sua homenagem!
Estou querendo voltar a escrever coisas polêmicas. Os acessos do blog estão despencando. Vou tentar antes da próxima semana (semana de provas).
Igor
Agora que precisei ir la, a primeira coisa que ela perguntou foi porque eu não fiz os exames. Precisei marcar uma data para ir la fazer o tal do checkup antes mesmo de ver o médico. Ela quase me fez prometer que eu não ia faltar. Tambem ganhei um potinho pra fazer xixi e levar quando fosse lá. Meu médico é polonês e tem um nome cheio de Z e S, tipo o de Daniela. Esperei uns 5 minutos e o médico foi la na sala me chamar. Pediu pra contar o que tinha acontecido e eu comecei a contar desde que sai de férias usando todo o meu inglês. Dai ele disse "Filho, conte o seu histórico mais recente". Dai expliquei da gripe, febre, dor de ouvido, catarada sangrenta e todos os outros sintomas que tava sentindo (eu achava que estava com dor de ouvido por ouvir música 8 horas por dia). Ele me examinou todo e disse que eu so tinha uma gripe, passou um descongestionante e disse que eu tava bom em uma semana. Avisou que meu ouvido tava bom e eu já podia ouvir música.
Achei prático, acho que até pra cortar unha do pé eu vou no médico agora.
Alvinho, irmão careca, estou ouvindo Belchior ao Vivo em sua homenagem!
Estou querendo voltar a escrever coisas polêmicas. Os acessos do blog estão despencando. Vou tentar antes da próxima semana (semana de provas).
Igor
13 janeiro 2006
Educação e Outros
Gripe e febre escocesas me pegaram esses dias e estou meio debilitado. Já estou me cuidando (sem o SUS britânico) e fico bom no final de semana. Enquanto isso aproveito pra estudar embaixo das cobertas.
Por falar em estudar, ontem recebi boas notícias sobre meus trabalhos da faculdade. Duas notas distinction em dois trabalhos diferentes. Aqui o sistema é assim:
F1-F5 (F5 é o pior) - Fail (perdeu)
P1-P5 (P5 é o melhor) - Passou
D1-D5 (D5 é o melhor) - Passou com distinção
Tive também um P2 em outro pois escrevi fora do tema proposto.
O sistema educacional daqui é bem interessante. Quanto mais você da sua opinião e criticas, mesmo que não seja o que os professores falaram, melhor a sua nota - desde que você se explique direito. Se responde uma pergunta como está no livro as vezes você até perde! Mas quando você perde (tira algum F por exemplo), ao invés de simplesmente você se dar mal, pode refazer o trabalho (o professor ajuda) mas sua nota fica no máximo P1. É muito difícil ter um distinction ou perder, em geral todo mundo fica na letra P.
Eu lembro das aulas de Eduardo na católica e pensando o quão sem sentido pode ser uma educação daquele tipo, onde o professor coloca números e explicações no quadro e aquilo lá e a verdade, que você precisa decorar depois para passar e não aprender e ter senso crítico, discutir o assunto ou simplesmente saber lidar com aqueles assuntos quando eles aparecerem na vida real. Intimida ao invés de construir um ambiente favorável a discussão e ao aprendizado. Esse tipo de educação é o que estão tentando mudar na China e na Índia, onde os professores são mestres absolutos e a tarefa do estudante é decorar o que o professor diz. Chegaram a conclusão que isso acaba com a criatividade e a inovação. Forma pessoas sem o menor senso crítico e sem imaginação. Acomodadas com o conhecimento que receberam. Isso vai fazer a diferença nesses países que serão as grandes potencias mundiais em poucos anos. Se eles não tiverem educação de qualidade correm o risco de ficarem estagnados, sem mão de obra qualificada, inovação ou conhecimento. Vão depender dos outros para isso.
Outra hora falo mais sobre esse assunto e sobre Brasil.
Por último, contrariando a tradicional lenda que a palavra Forró vem do inglês "For All", descobrimos que a palavra "Forró" em húngaro significa QUENTE. Estou achando que algum húngaro deve ter andado pelas bandas nordestinas e falado que aquela dança era muito "Forró" e isso caiu na boca do povo.
Beijos em todos
Igor
Por falar em estudar, ontem recebi boas notícias sobre meus trabalhos da faculdade. Duas notas distinction em dois trabalhos diferentes. Aqui o sistema é assim:
F1-F5 (F5 é o pior) - Fail (perdeu)
P1-P5 (P5 é o melhor) - Passou
D1-D5 (D5 é o melhor) - Passou com distinção
Tive também um P2 em outro pois escrevi fora do tema proposto.
O sistema educacional daqui é bem interessante. Quanto mais você da sua opinião e criticas, mesmo que não seja o que os professores falaram, melhor a sua nota - desde que você se explique direito. Se responde uma pergunta como está no livro as vezes você até perde! Mas quando você perde (tira algum F por exemplo), ao invés de simplesmente você se dar mal, pode refazer o trabalho (o professor ajuda) mas sua nota fica no máximo P1. É muito difícil ter um distinction ou perder, em geral todo mundo fica na letra P.
Eu lembro das aulas de Eduardo na católica e pensando o quão sem sentido pode ser uma educação daquele tipo, onde o professor coloca números e explicações no quadro e aquilo lá e a verdade, que você precisa decorar depois para passar e não aprender e ter senso crítico, discutir o assunto ou simplesmente saber lidar com aqueles assuntos quando eles aparecerem na vida real. Intimida ao invés de construir um ambiente favorável a discussão e ao aprendizado. Esse tipo de educação é o que estão tentando mudar na China e na Índia, onde os professores são mestres absolutos e a tarefa do estudante é decorar o que o professor diz. Chegaram a conclusão que isso acaba com a criatividade e a inovação. Forma pessoas sem o menor senso crítico e sem imaginação. Acomodadas com o conhecimento que receberam. Isso vai fazer a diferença nesses países que serão as grandes potencias mundiais em poucos anos. Se eles não tiverem educação de qualidade correm o risco de ficarem estagnados, sem mão de obra qualificada, inovação ou conhecimento. Vão depender dos outros para isso.
Outra hora falo mais sobre esse assunto e sobre Brasil.
Por último, contrariando a tradicional lenda que a palavra Forró vem do inglês "For All", descobrimos que a palavra "Forró" em húngaro significa QUENTE. Estou achando que algum húngaro deve ter andado pelas bandas nordestinas e falado que aquela dança era muito "Forró" e isso caiu na boca do povo.
Beijos em todos
Igor
10 janeiro 2006
Auschwitz
Como Tia Márcia e meu pai e mais um monte de gente me pergunta maiores detalhes sobre Auschwitz, falarei sobre isso hoje. Vou tentar lembrar dos detalhes...
Auschwitz fica cerca de 1 hora de trem da Cracóvia, Polônia. Para ir lá, é interessante chegar de manhã e acompanhar um guia durante 3 horas. Nossa guia era uma polonesa que não lembro o nome agora, mas colocava emoção em todas as palavras. Ah, custa uns 10 € e vale muito a pena. A visita começa com um filme de uns 15 minutos sobre Auschwitz, falando como era, o que era, e dando uma geral sobre toda história. Depois nos juntamos ao nosso grupo e começamos a andar. A primeira coisa que a gente aprende é que Auschwitz era inicialmente um campo de concentração e não um campo de morte. Isso, se não me engano até 1942. Quem era mandado pra lá eram principalmente presos políticos - entenda-se por presos políticos qualquer pessoa que não concordasse com o regime. Depois foi que começaram a mandar judeus e ciganos principalmente. Sim, ciganos! Milhares morreram em Aushwitz também, mas a gente ouve somente dos judeus pois sobreviveram em maior número e eles tem maior influência e poder que os ciganos.
O campo é dividido em Auschwitz I e II, também chamada de Birkenau. Aushwitz I é aquela que todo mundo vê nas fotos com uns predios grandes de tijolos parecidos com casarões enfileirados. Foi lá que fizeram os primeiros experimentos com camara de gás. Visitamos essa camara inclusive. No primeiro teste as pessoas demoraram 2 dias pra morrer, no segundo algumas horas e no terceiro alguns minutos. No final todo mundo morria em 5 minutos. A gente visita justamente essa camara e depois os primeiros fornos onde milhares morreram de uma vez. O ambiente é meio pesado, e se você para pra pensar é horrível imaginar aquilo. Mas as pessoas ficam tirando fotos. A guia disse que as vezes alguns sobreviventes vão nas excursões e isso tras lembranças muito ruins e ai sim o ambiente fica pesado. Mas, nosso grupo parecia mais um grupo de turistas japoneses em Salvador. Comportados, mas curiosos.
Bem, após visitar essa primeira (e unica) camara de gás e forno crematorio de Auschwitz I fomos visitar o museu. O museu é dentro dos prédios do campo de concentração e cada prédio tem mais ou menos um tema. Lá a gente vê fotos, documentos, pertences e tudo mais. A guia, com a emoção de sempre, fala pra gente ver as datas das malas e algumas são de crianças de 3 ou 4 anos. Ela dá uma pausa e diz: "Todos foram mortos". E continua esse clima de cada objeto do museu cada oculos, cada escova de dente foi uma vida que se foi. E é dificil imaginar a quantidade de vidas que se foram naquela pilha de malas ou de escovas. E isso foi apenas uma pequena parte do que os alemães tomaram. Coisas apenas dos últimos dias do campo e que eles não queimaram ou destruiram. A gente vê também alumas fotos do dia a dia do campo e como eram as coisas - praticamente iguais pois tudo foi deixado como era na época. O último prédio do museu é onde eram os julgamentos (com todas as sentenças prontas antes), celas, solitárias e o muro de fuzilamento.
Depois a gente pegou um ônibus e fomos para Burkenau, 6km dali. Birkenau foi um campo exclusivamente de morte. Foi lá que foram construídas as enormes camaras de gás e os fornos crematórios. De um lado existem váaarias barracas de madeira (originalmente estábulos trazidos pelos alemães) onde os prisioneiros ficavam e do outro lado algumas casas de tijolos e mais barracões de madeira. Desse lado ficava a administração do campo também. No final, matavam tanta gente que o trem ia dentro do campo, os prisioneiros desembarcavam e iam direto para a triagem. Os que tinham qualificação (como sapateiros, ferreiros, etc) trabalhavam no campo ou na indústria química que construíram la perto. Os outros iam para o "banho", que era direto a camara de gás.
Vale lembrar que todo trabalho era feito pelos judeus. Levar as pessoas para as camaras, separar todos os pertences, dinheiro, coisas que fossem úteis, carregar os mortos para os fornos. Os prisioneiros que faziam isso e a maioria dos sobreviventes eram os que trabalhavam no campo. Eles eram constantemente "trocados".
Visitamos umas barracas e por último fomos nas camaras de gás e nos fornos. Os alemães explodiram tudo, só tem as ruinas. Mas no museu vimos fotos e uma maquete que mostrava como era uma dessas camaras. Eram 4 no total que podiam matar milhares de uma vez. Um dos fornos foi destruido por uma rebelião em Auschwitz. No final começaram a enviar prisioneiros de outros campos, que falavam que os aliados estavam chegando e que os outros campos estavam fechando e isso começou a dar esperanças. Algns rebeldes viram que seriam mortos de um jeito ou de outro e resolveram tentar uma rebelião e destruiram o forno. Mas o resto do campo não se juntou, além deles não possuirem armas. Os alemães torturaram e mataram todos e mostraram tudo isso para os outros prisioneiros. Nessa hora a guia falou "Vontade e coragem não é tudo".
No fim de Birkenau tem um monumento, ao lado das camaras de gás explodidas, com placas em todos os idiomas das pessoas que foram mortas lá.
Não tenho certeza se as informações que coloquei estão 100% corretas pois já tem umas semanas que estive lá. Mas, é mais ou menos isso. Se é pesado...é. Mas não faz a gente passar mal e sim lembrar de uma coisa horrível e inimaginável feita pelo homem e que é parte da nossa história. Podem ver fotos na galeria de fotos no post abaixo. Entenderam agora porque foi uma das melhores excursões que eu já fiz?
Auschwitz fica cerca de 1 hora de trem da Cracóvia, Polônia. Para ir lá, é interessante chegar de manhã e acompanhar um guia durante 3 horas. Nossa guia era uma polonesa que não lembro o nome agora, mas colocava emoção em todas as palavras. Ah, custa uns 10 € e vale muito a pena. A visita começa com um filme de uns 15 minutos sobre Auschwitz, falando como era, o que era, e dando uma geral sobre toda história. Depois nos juntamos ao nosso grupo e começamos a andar. A primeira coisa que a gente aprende é que Auschwitz era inicialmente um campo de concentração e não um campo de morte. Isso, se não me engano até 1942. Quem era mandado pra lá eram principalmente presos políticos - entenda-se por presos políticos qualquer pessoa que não concordasse com o regime. Depois foi que começaram a mandar judeus e ciganos principalmente. Sim, ciganos! Milhares morreram em Aushwitz também, mas a gente ouve somente dos judeus pois sobreviveram em maior número e eles tem maior influência e poder que os ciganos.
O campo é dividido em Auschwitz I e II, também chamada de Birkenau. Aushwitz I é aquela que todo mundo vê nas fotos com uns predios grandes de tijolos parecidos com casarões enfileirados. Foi lá que fizeram os primeiros experimentos com camara de gás. Visitamos essa camara inclusive. No primeiro teste as pessoas demoraram 2 dias pra morrer, no segundo algumas horas e no terceiro alguns minutos. No final todo mundo morria em 5 minutos. A gente visita justamente essa camara e depois os primeiros fornos onde milhares morreram de uma vez. O ambiente é meio pesado, e se você para pra pensar é horrível imaginar aquilo. Mas as pessoas ficam tirando fotos. A guia disse que as vezes alguns sobreviventes vão nas excursões e isso tras lembranças muito ruins e ai sim o ambiente fica pesado. Mas, nosso grupo parecia mais um grupo de turistas japoneses em Salvador. Comportados, mas curiosos.
Bem, após visitar essa primeira (e unica) camara de gás e forno crematorio de Auschwitz I fomos visitar o museu. O museu é dentro dos prédios do campo de concentração e cada prédio tem mais ou menos um tema. Lá a gente vê fotos, documentos, pertences e tudo mais. A guia, com a emoção de sempre, fala pra gente ver as datas das malas e algumas são de crianças de 3 ou 4 anos. Ela dá uma pausa e diz: "Todos foram mortos". E continua esse clima de cada objeto do museu cada oculos, cada escova de dente foi uma vida que se foi. E é dificil imaginar a quantidade de vidas que se foram naquela pilha de malas ou de escovas. E isso foi apenas uma pequena parte do que os alemães tomaram. Coisas apenas dos últimos dias do campo e que eles não queimaram ou destruiram. A gente vê também alumas fotos do dia a dia do campo e como eram as coisas - praticamente iguais pois tudo foi deixado como era na época. O último prédio do museu é onde eram os julgamentos (com todas as sentenças prontas antes), celas, solitárias e o muro de fuzilamento.
Depois a gente pegou um ônibus e fomos para Burkenau, 6km dali. Birkenau foi um campo exclusivamente de morte. Foi lá que foram construídas as enormes camaras de gás e os fornos crematórios. De um lado existem váaarias barracas de madeira (originalmente estábulos trazidos pelos alemães) onde os prisioneiros ficavam e do outro lado algumas casas de tijolos e mais barracões de madeira. Desse lado ficava a administração do campo também. No final, matavam tanta gente que o trem ia dentro do campo, os prisioneiros desembarcavam e iam direto para a triagem. Os que tinham qualificação (como sapateiros, ferreiros, etc) trabalhavam no campo ou na indústria química que construíram la perto. Os outros iam para o "banho", que era direto a camara de gás.
Vale lembrar que todo trabalho era feito pelos judeus. Levar as pessoas para as camaras, separar todos os pertences, dinheiro, coisas que fossem úteis, carregar os mortos para os fornos. Os prisioneiros que faziam isso e a maioria dos sobreviventes eram os que trabalhavam no campo. Eles eram constantemente "trocados".
Visitamos umas barracas e por último fomos nas camaras de gás e nos fornos. Os alemães explodiram tudo, só tem as ruinas. Mas no museu vimos fotos e uma maquete que mostrava como era uma dessas camaras. Eram 4 no total que podiam matar milhares de uma vez. Um dos fornos foi destruido por uma rebelião em Auschwitz. No final começaram a enviar prisioneiros de outros campos, que falavam que os aliados estavam chegando e que os outros campos estavam fechando e isso começou a dar esperanças. Algns rebeldes viram que seriam mortos de um jeito ou de outro e resolveram tentar uma rebelião e destruiram o forno. Mas o resto do campo não se juntou, além deles não possuirem armas. Os alemães torturaram e mataram todos e mostraram tudo isso para os outros prisioneiros. Nessa hora a guia falou "Vontade e coragem não é tudo".
No fim de Birkenau tem um monumento, ao lado das camaras de gás explodidas, com placas em todos os idiomas das pessoas que foram mortas lá.
Não tenho certeza se as informações que coloquei estão 100% corretas pois já tem umas semanas que estive lá. Mas, é mais ou menos isso. Se é pesado...é. Mas não faz a gente passar mal e sim lembrar de uma coisa horrível e inimaginável feita pelo homem e que é parte da nossa história. Podem ver fotos na galeria de fotos no post abaixo. Entenderam agora porque foi uma das melhores excursões que eu já fiz?
07 janeiro 2006
Viagem: mais um pouco
Após um período de descanso eu já estava sentindo falta do trabalho, pressão e do stress. :)
Antes de tudo, parabéns ao meu pai! Aniversário dele foi ontem, dia 6/1.
Estou de volta a Edinburgh. Diferente dos outros países das últimas semanas, pouco frio e nada de neve. Meus flatmates estão em razoável clima de guerra. Decidiram agora que cada um compra seu próprio papel higienico, esponja e sabão de prato e o africano e o escocês estão meio de birra um com o outro. O indiano sofre mas não diz nada. O último comentario dele foi que a casa tava tão nojenta que ele tava tomando remédios de verme para não ficar doente. Já tentei intermediar isso tudo, mas não tenho mais paciência. Pedi transferência de apartamente e na semana que vem devo saber se vão me mandar para outro lugar ou não. Já avisei aqui pros meus flatmates e pra comemorar comprei papel higiênico de pessego pra todo mundo.
Sobre a viagem, foi bem interessante. Não aproveitamos tanto pois tava tudo fechado no natal e ano novo. Viajamos pros lugares sem ter nenhuma idéia da história nem dos pontos a visitar. Mas a gente acabou descobrindo algumas coisas andando e perguntando pros outros. Auschwitz valeu muito a pena. Um clima pesado danado e toda uma atmosfera cheia de história. Cracóvia não é só a terra de Tom Hanks no filme terminal, mas também um dos lugares mais simpáticos que já fui. Vimos até show de rock polones (ok, vimos jazz tcheco e rock hungaro também). Praga é bonito, mas esperávamos ver uma cidade com um certo ar comunista e parece que eles escondem esse passado. Mas, pegando um tram para qualquer lugar de Praga sempre tem coisa legal pra ver. Budapeste é mais esculhambada e quase ninguém fala inglês. Não podemos fazer programa de turista pois tudo mesmo estava fechado. Mas conhecemos o supermercado pelo menos - e o mercado da cidade.
A melhor cerveja desses lugares é a tcheca - e a mais barata tbem. Marcas como Pilsner Urquel e Staropramen são as mais famosas. Na polonia a cerveja é um pouco doce, mas boa também. A marca mais conhecida é a Zywiec. É como uma Brahma de lá. Na hungria não lembro o nome da cerveja, mas só tomamos duas. (literalmente 2 cervejas mesmo). Me arrependi de não ter provado os vinhos húngaros que são difíceis de achar por aqui e parecem diferentes.
Para quem esperava ver algo estilo "Leste Europeu", não teve muita coisa não. Até porque esses países são Europa Central. Segundo o dono do hostel em Budapeste, ele disse que era tudo igual ao ocidente antigamente a diferença era que ele aprendia russo no colégio (tinha aula mas ninguém realmente aprendia) e os pais dele não podiam sair pra viajar por outros países. Ele disse que na Hungria o comunismo era mais light. Na próxima acho que vou arriscar Latvia, Ucrania e Bielorusia.
Se alguém pretende fazer uma viagem desse tipo, sugiro fazer de trem, mesmo pagando um pouco mais caro é bem mais confortável que qualquer avião, sai do centro da cidade e vale a pena a paisagem. Ainda dá pra dormir bem e recarregar as baterias ao invés de ficar esperando em aeroporto.
Ia escrever uma retrospectiva do ano, inspirado em Tio Marcelo, mas acho que este post já está grande demais. Então escrevo outro dia.
Ah, por ultimo, nessa viagem Lambari aprendeu a comer maionese e quase qualquer coisa sem passar mal depois. Eu enchi tanto o saco dele que ele ficava com vergonha de não comer. :)
Já tem mais de 100 fotos da viagem no link abaixo, é só clicar:
http://www.flickr.com/photos/56886033@N00/
Antes de tudo, parabéns ao meu pai! Aniversário dele foi ontem, dia 6/1.
Estou de volta a Edinburgh. Diferente dos outros países das últimas semanas, pouco frio e nada de neve. Meus flatmates estão em razoável clima de guerra. Decidiram agora que cada um compra seu próprio papel higienico, esponja e sabão de prato e o africano e o escocês estão meio de birra um com o outro. O indiano sofre mas não diz nada. O último comentario dele foi que a casa tava tão nojenta que ele tava tomando remédios de verme para não ficar doente. Já tentei intermediar isso tudo, mas não tenho mais paciência. Pedi transferência de apartamente e na semana que vem devo saber se vão me mandar para outro lugar ou não. Já avisei aqui pros meus flatmates e pra comemorar comprei papel higiênico de pessego pra todo mundo.
Sobre a viagem, foi bem interessante. Não aproveitamos tanto pois tava tudo fechado no natal e ano novo. Viajamos pros lugares sem ter nenhuma idéia da história nem dos pontos a visitar. Mas a gente acabou descobrindo algumas coisas andando e perguntando pros outros. Auschwitz valeu muito a pena. Um clima pesado danado e toda uma atmosfera cheia de história. Cracóvia não é só a terra de Tom Hanks no filme terminal, mas também um dos lugares mais simpáticos que já fui. Vimos até show de rock polones (ok, vimos jazz tcheco e rock hungaro também). Praga é bonito, mas esperávamos ver uma cidade com um certo ar comunista e parece que eles escondem esse passado. Mas, pegando um tram para qualquer lugar de Praga sempre tem coisa legal pra ver. Budapeste é mais esculhambada e quase ninguém fala inglês. Não podemos fazer programa de turista pois tudo mesmo estava fechado. Mas conhecemos o supermercado pelo menos - e o mercado da cidade.
A melhor cerveja desses lugares é a tcheca - e a mais barata tbem. Marcas como Pilsner Urquel e Staropramen são as mais famosas. Na polonia a cerveja é um pouco doce, mas boa também. A marca mais conhecida é a Zywiec. É como uma Brahma de lá. Na hungria não lembro o nome da cerveja, mas só tomamos duas. (literalmente 2 cervejas mesmo). Me arrependi de não ter provado os vinhos húngaros que são difíceis de achar por aqui e parecem diferentes.
Para quem esperava ver algo estilo "Leste Europeu", não teve muita coisa não. Até porque esses países são Europa Central. Segundo o dono do hostel em Budapeste, ele disse que era tudo igual ao ocidente antigamente a diferença era que ele aprendia russo no colégio (tinha aula mas ninguém realmente aprendia) e os pais dele não podiam sair pra viajar por outros países. Ele disse que na Hungria o comunismo era mais light. Na próxima acho que vou arriscar Latvia, Ucrania e Bielorusia.
Se alguém pretende fazer uma viagem desse tipo, sugiro fazer de trem, mesmo pagando um pouco mais caro é bem mais confortável que qualquer avião, sai do centro da cidade e vale a pena a paisagem. Ainda dá pra dormir bem e recarregar as baterias ao invés de ficar esperando em aeroporto.
Ia escrever uma retrospectiva do ano, inspirado em Tio Marcelo, mas acho que este post já está grande demais. Então escrevo outro dia.
Ah, por ultimo, nessa viagem Lambari aprendeu a comer maionese e quase qualquer coisa sem passar mal depois. Eu enchi tanto o saco dele que ele ficava com vergonha de não comer. :)
Já tem mais de 100 fotos da viagem no link abaixo, é só clicar:
http://www.flickr.com/photos/56886033@N00/
05 janeiro 2006
Fotos
Alo pessoal
Cheguei ontem, maior maratona pra chegar aqui. Onibus, metro, 2 avioes, horas de espera em Frankfurt, e ainda 2 trens na escócia. Isso por causa das malditas passagens baratas.
Coloquei algumas fotos da viagem pra vocês:
http://www.flickr.com/photos/56886033@N00/
Igor
Cheguei ontem, maior maratona pra chegar aqui. Onibus, metro, 2 avioes, horas de espera em Frankfurt, e ainda 2 trens na escócia. Isso por causa das malditas passagens baratas.
Coloquei algumas fotos da viagem pra vocês:
http://www.flickr.com/photos/56886033@N00/
Igor
02 janeiro 2006
01 janeiro 2006
Budapeste
Ontem chegamos em Budapeste depois de umas 20 horas de viagem de trem. O vendedor la da agencia de turismo em Praga disse que não havia trem direto de cracóvia para budapeste e então pegamos um de volta para praga e de lá tinhamos uma conexão indo para budapeste meia hora depois. Quando chegamos la na Cracóvia vimos que o cara da agência de turismo havia enrolado a gente pois tinha um trem direto, com cabined individuais e tudo o mais. Nem fomos perguntar o preço pra não passar mais raiva. O fato é que indo de volta pra Praga, o trem atrasou 2 horas e perdemos a conexão. Tivemos que trocar a estacao de trem e ficar umas 4 horas sentados no frio esperando um trem que vinha de berlim. No final deu tudo certo e o lambari até comeu um sanduiche com maionese e não passou mal. Mandamos um email pro Montoya la da estação e ele foi buscar a gente as 19:30h. Estou cheio de carimbos no meu passaporte agora pois é passar por um pais dentro do trem e carimbam a entrada e a saida.
Os albergues aqui são em geral bem piores que no resto da europa. Normalmente são uns apartamentos que o pessoal transforma em albergue, colocam umas camas no quarto e chamam de hostel depois. Tinhamos uma reserva em um no ano novo e depois mudamos para esse que estamos agora. O primeiro era uma espelunca, mas, pra nossa sorte nao tinha lugar, dai levaram a gente para outro, melhor e mais agradavel, porem nos mesmos moldes. Havia um grupo de fuzileiros ingleses no nosso quarto bem engracados e que acho que permaneceram bebados ate a hora que foram embora hoje de manhã.
O reveillon em si foi no meio da rua. Eu, lambari e o Montoya ficamos andando pra cima e pra baixo com uma mini garrafa de vodca e uma coca de 2 litros (tomei quase toda a vodca pq o Lambari e o Montoya não bebem) e achamos 2 lugares pra passar ano novo. Um tinha um palco com bandas hungaras e outro uma especia de rave ao ar livre. Budapeste é um lugar mais esculhambado que as outras cidades que passamos, mas talvez por isso seja mais divertido. Ontem tinham bebados passando mal nas ruas, e gente metendo mão nos bolsos tentando levar carteiras - segundo o lambari um cara foi me abracar passando a mão nos meus bolsos, mas como so tinha meia suja ele desistiu de tentar alguma coisa. Bom pra caralho o rock hungaro. Tinha uma banda tocando funk parecida com a banda "setembro" la de salvador. Nem sei se essa banda existe mais.
Um bebado chato ficou enchendo nosso saco e na hora da virada beijou todo mundo, incluindo eu, Montoya e o Lambari - o gaucho mais beijado de Budapeste. Depois o beijoqueiro ficou encarnando demais e tivemos que sair de perto. Os fogos foram meio mixurucas, mas o engracado era que o povo fica soltando foguetinhos no meio da rua - inclusive em cima dos outros.
Depois de muitos anos, nem ressaca de ano novo eu tive hoje. Mas foi um reveillon divertido e diferente. De manhã os fuzileiros chegaram bebados no quarto fazendo o maior barulho e dizendo que tinham que pegar um vooou onibus ou trem dali a poucos minutos para algum lugar que não entendi. Depois trocamos de hostel e fomos passear um poucoe comer pratos tipicos húngaros. Comi um filet mignon de porco com batatas com paprika, cebolas e mais um monte de coisa que não sei ao certo o que era. Mas negócio bem bom. Depois fomos ver souvenirs e nos despedimos do montoya que foi hoje para Sarajevo.
Budapeste promete. Acho que encontraremos reliquias comunistas e um monte de coisa diferente pra fazer.
Não vou mentir que já estou sentindo falta de trabalhar! Volto pra Edinburgh dia 4/1.
Beijos a todos e FELIZ 2006!
Os albergues aqui são em geral bem piores que no resto da europa. Normalmente são uns apartamentos que o pessoal transforma em albergue, colocam umas camas no quarto e chamam de hostel depois. Tinhamos uma reserva em um no ano novo e depois mudamos para esse que estamos agora. O primeiro era uma espelunca, mas, pra nossa sorte nao tinha lugar, dai levaram a gente para outro, melhor e mais agradavel, porem nos mesmos moldes. Havia um grupo de fuzileiros ingleses no nosso quarto bem engracados e que acho que permaneceram bebados ate a hora que foram embora hoje de manhã.
O reveillon em si foi no meio da rua. Eu, lambari e o Montoya ficamos andando pra cima e pra baixo com uma mini garrafa de vodca e uma coca de 2 litros (tomei quase toda a vodca pq o Lambari e o Montoya não bebem) e achamos 2 lugares pra passar ano novo. Um tinha um palco com bandas hungaras e outro uma especia de rave ao ar livre. Budapeste é um lugar mais esculhambado que as outras cidades que passamos, mas talvez por isso seja mais divertido. Ontem tinham bebados passando mal nas ruas, e gente metendo mão nos bolsos tentando levar carteiras - segundo o lambari um cara foi me abracar passando a mão nos meus bolsos, mas como so tinha meia suja ele desistiu de tentar alguma coisa. Bom pra caralho o rock hungaro. Tinha uma banda tocando funk parecida com a banda "setembro" la de salvador. Nem sei se essa banda existe mais.
Um bebado chato ficou enchendo nosso saco e na hora da virada beijou todo mundo, incluindo eu, Montoya e o Lambari - o gaucho mais beijado de Budapeste. Depois o beijoqueiro ficou encarnando demais e tivemos que sair de perto. Os fogos foram meio mixurucas, mas o engracado era que o povo fica soltando foguetinhos no meio da rua - inclusive em cima dos outros.
Depois de muitos anos, nem ressaca de ano novo eu tive hoje. Mas foi um reveillon divertido e diferente. De manhã os fuzileiros chegaram bebados no quarto fazendo o maior barulho e dizendo que tinham que pegar um vooou onibus ou trem dali a poucos minutos para algum lugar que não entendi. Depois trocamos de hostel e fomos passear um poucoe comer pratos tipicos húngaros. Comi um filet mignon de porco com batatas com paprika, cebolas e mais um monte de coisa que não sei ao certo o que era. Mas negócio bem bom. Depois fomos ver souvenirs e nos despedimos do montoya que foi hoje para Sarajevo.
Budapeste promete. Acho que encontraremos reliquias comunistas e um monte de coisa diferente pra fazer.
Não vou mentir que já estou sentindo falta de trabalhar! Volto pra Edinburgh dia 4/1.
Beijos a todos e FELIZ 2006!
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