07 janeiro 2006

Viagem: mais um pouco

Após um período de descanso eu já estava sentindo falta do trabalho, pressão e do stress. :)

Antes de tudo, parabéns ao meu pai! Aniversário dele foi ontem, dia 6/1.

Estou de volta a Edinburgh. Diferente dos outros países das últimas semanas, pouco frio e nada de neve. Meus flatmates estão em razoável clima de guerra. Decidiram agora que cada um compra seu próprio papel higienico, esponja e sabão de prato e o africano e o escocês estão meio de birra um com o outro. O indiano sofre mas não diz nada. O último comentario dele foi que a casa tava tão nojenta que ele tava tomando remédios de verme para não ficar doente. Já tentei intermediar isso tudo, mas não tenho mais paciência. Pedi transferência de apartamente e na semana que vem devo saber se vão me mandar para outro lugar ou não. Já avisei aqui pros meus flatmates e pra comemorar comprei papel higiênico de pessego pra todo mundo.

Sobre a viagem, foi bem interessante. Não aproveitamos tanto pois tava tudo fechado no natal e ano novo. Viajamos pros lugares sem ter nenhuma idéia da história nem dos pontos a visitar. Mas a gente acabou descobrindo algumas coisas andando e perguntando pros outros. Auschwitz valeu muito a pena. Um clima pesado danado e toda uma atmosfera cheia de história. Cracóvia não é só a terra de Tom Hanks no filme terminal, mas também um dos lugares mais simpáticos que já fui. Vimos até show de rock polones (ok, vimos jazz tcheco e rock hungaro também). Praga é bonito, mas esperávamos ver uma cidade com um certo ar comunista e parece que eles escondem esse passado. Mas, pegando um tram para qualquer lugar de Praga sempre tem coisa legal pra ver. Budapeste é mais esculhambada e quase ninguém fala inglês. Não podemos fazer programa de turista pois tudo mesmo estava fechado. Mas conhecemos o supermercado pelo menos - e o mercado da cidade.

A melhor cerveja desses lugares é a tcheca - e a mais barata tbem. Marcas como Pilsner Urquel e Staropramen são as mais famosas. Na polonia a cerveja é um pouco doce, mas boa também. A marca mais conhecida é a Zywiec. É como uma Brahma de lá. Na hungria não lembro o nome da cerveja, mas só tomamos duas. (literalmente 2 cervejas mesmo). Me arrependi de não ter provado os vinhos húngaros que são difíceis de achar por aqui e parecem diferentes.

Para quem esperava ver algo estilo "Leste Europeu", não teve muita coisa não. Até porque esses países são Europa Central. Segundo o dono do hostel em Budapeste, ele disse que era tudo igual ao ocidente antigamente a diferença era que ele aprendia russo no colégio (tinha aula mas ninguém realmente aprendia) e os pais dele não podiam sair pra viajar por outros países. Ele disse que na Hungria o comunismo era mais light. Na próxima acho que vou arriscar Latvia, Ucrania e Bielorusia.

Se alguém pretende fazer uma viagem desse tipo, sugiro fazer de trem, mesmo pagando um pouco mais caro é bem mais confortável que qualquer avião, sai do centro da cidade e vale a pena a paisagem. Ainda dá pra dormir bem e recarregar as baterias ao invés de ficar esperando em aeroporto.

Ia escrever uma retrospectiva do ano, inspirado em Tio Marcelo, mas acho que este post já está grande demais. Então escrevo outro dia.

Ah, por ultimo, nessa viagem Lambari aprendeu a comer maionese e quase qualquer coisa sem passar mal depois. Eu enchi tanto o saco dele que ele ficava com vergonha de não comer. :)

Já tem mais de 100 fotos da viagem no link abaixo, é só clicar:

http://www.flickr.com/photos/56886033@N00/




2 comentários:

Anônimo disse...

igor,
legal ver as fotos. vc disse q um dos passeios mais interessantes foi auchwirtz. fiquei pensando no campo como ponto turistico. estranho né? as vítimas devem ficar se contorcendo nas valas, nos cemiterios, ao ver o lugar cheio de turistas. sei não, mas é ruim demais imaginar as cenas presas na memoria do lugar. tive uma experiencia parecida ao conhecer o museu do holocausto em jerusalém e fiquei chocada c tudo, apesar de ter asssitido filmes, documentarios , etc. baixou um silencio pesadíssimo durante toda a visita.alguns choravam emocionados e ninguem conversava.fiquei mto deprê depois da visita, alias todo mundo q estava no grupo.. mas lá o sentido do museu é denunciar a dor, o sofrimento a injustiça contra os judeus, pra evitar que a historia se repita. no jardim fora do museu estão plantadas arvores em homenagem aos que salvaram os judeus dos campos e da carnificina. é realmente emocionante. mas em auchwirtz será q o sentido é o mesmo? como é a reação das pessoas durante a visita? fiquei curiosa.
fiquei tb interessada em saber mais da cracóvia. viu como sua viagem foi util e pedagógica? tem que fazer outros roteiros.
beijo querido

Anônimo disse...

Igor,

Gostei da sua preocupação em voltar logo para continuar os trabalhos depois das merecidas ferias.

Marconi